Infelizmente, não foram pensadas as consequências do pós-ato. Queremos deixar claro que em nenhum instante queríamos prejudicar ninguém, como foi colocado por funcionários que não participaram da brincadeira. Paradoxalmente, aqueles que participaram, compreenderam o real motivo da brincadeira e aos que podem ter se sentido ofendidos, deixamos nossas sinceras desculpas.
É importante também esclarecer que nunca foi do nosso caráter desmerecer alguém pela sua condição social (como foi colocado pela direção da mesma instituição que ajudou na formação do próprio).Não sei se todos pensam assim, mas nós(3º ano de 2011) julgamos que há coisas mais importantes do que dinheiro, como ética, amizade, solidariedade, HUMILDADE.
Analogamente, quando ocorreu a brincadeira de raspar as cabeças dos alunos aprovados no vestibular, cada colega foi levado pelo seu grupo de amizade. Inclusive muitos desses alunos não queriam, mas por compreender que aquilo era uma atitude de amizade e rito, se deixaram levar (guardadas as proporções, o mesmo aconteceu no sábado). Houve na ocasião de raspar a cabeça, alunos carregados "a força", o que em muitas situações seria considerado um ato de violência, entretanto, pelos motivos já ditos não o foi. É interessante que nessa ocasião, a coordenação foi conivente, agora, reage de forma a querer barbarizar um episódio tão similar.
Não é intenção desse texto suavizar nada, mas a de esclarecer a verdade, para que a punição(merecida,ou não) seja pelo motivo certo. O erro não foi jogar funcionários na piscina, NÃO, o erro foi não ter criado as condições necessárias para que após esse ato não houvesse consequências negativas (terem de ficar molhados na volta para casa) que lamentavelmente vieram a acontecer.
Esclarecido o que foi dito, é hora de expor o que não foi exposto. Em nenhum momento foi mencionado que houve preocupação em não danificar possíveis documentos, dinheiro, calçados, relógios e aparelhos celulares e houve (pelo contrário, a inverdade dita foi que estes tinham sido danificados). Também não disseram que quando o segurança da portaria orla argumentou que não poderia ser jogado, pois não tinha quem o substituísse, foi prontamente posto no chão. Será que isso não apareceu nas filmagens?
Finalmente, a punição. Vejam bem, não contestamos a existência de punição, entretanto da forma posta, está totalmente equivocada da verdadeira missão de um centro educacional. Punir é obrigação do Estado. A obrigação da escola é EDUCAR, se para isso for necessário punir, esse ato é legítimo. No entanto reflitam. Em que educa uma suspensão no caso descrito? Quer dizer, para educar o aluno vamos afastá-lo de onde ele deveria receber educação. No mínimo isso é um paradoxo.
Daí sugerimos uma ação sócio-educativa. Obviamente que os julgados não escolhem a pena, mas têm o direito de opinar. O problema é achar que uma media sócio-educativa é forma de minimizar a penalidade, ledo engano. Muito pelo contrário, além de cumprir o papel real da escola, repetimos: EDUCAR, atingi um número muito maior de envolvidos, pois independente de você agir ou estimular o ato, de ambas as formas está participando do que ocorre.
Onde está (eteve) a injustiça no caso? Está (Eteve) em punir com uma suspensão (em pleno período de revisão para UFBA), apenas, 7 alunos, dos mais de 40 envolvidos direta e indiretamente.
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| Olhe bem para eles, um dia, algum, senão todos, aparecerão nos noticiários do país... |
P.S.2: Esse dia será lembrado com muita alegria, foi o fim de um ciclo. Melhor do que isso, pela primeira vez em muito tempo, as diferenças ideolágicas e identitárias das "3" turmas foram deixadas de lado em prol de um momento de felicidade.
